30 de setembro de 2009

O Senhor Presidente da República



Esteve muito mal no discurso! Por afirmações e omissões.

Protesta contra a Grande Manipulação: ele nunca falou em escutas ou em algo semelhante!
Omite quem falou em escutas: O Público e o PSD.
Protesta contra "as declarações de destacadas personalidades do partido do governo".
Omite que essas declarações foram motivadas por notícia do Semanário, de 7 de Agosto, dando conta de que vários dos seus assessores teriam almoçado com Eduardo Catroga e dirigentes do PSD para oferecerem os seus contributos para a redacção do programa eleitoral dos social-democratas.

Diz que, segundo a informação que lhe foi prestada, tal contribuição "era mentira".
Omite que essa notícia esteve plantada no site do PSD. Mentira de quem?

Acusa o partido do governo de ter dois objectivos: 1º colá-lo ao PSD; 2º "Desviar as atenções do debate eleitoral das questões que realmente preocupavam os cidadãos"
Omite que a 18 de Agosto o Público manipulou uma reacção de um seu assessor "como é que eles sabem que há assessores do Presidente a colaborar com o PSD? Andam a vigiar-nos?" (a resposta seria simples e o Público sabia-a: - leram no Semanário ou no site do PSD) transformando-a na manchete disparatada "Presidência suspeita estar a ser vigiada pelo Governo".

 Afirma ter sérias dúvidas sobre as afirmações contidas no email publicado pelo DN.
 Omite que o Público, no dia 19 de Agosto, lançou o rídiculo caso do "espião" da Madeira e ele nada disse, nada desmentiu, deixando o PS a cozer em lume forte, na campanha da "asfixia democrática".

Interroga-se sobre o email do jornalista do Público, publicado pelo DN: "Porque é que é publicado agora, a uma semana do acto eleitoral, quando já passaram 17 meses?"
Não lhe causa espanto que a 19 de Agosto o Público desenterre o assunto, velho de 16 meses.

Confessa que não consegue ver bem "onde está o crime de um cidadão, mesmo que seja membro do staff da Casa Civil do Presidente, ter sentimentos de desconfiança ou de outra natureza em relação a atitudes de outras pessoas".
Omite que esse cidadão se terá apresentado, segundo o relato do jornalista do Público ao seu colega da Madeira, como assessor de imprensa do Presidente e falando em nome deste. Omite que não se apressou a dizer publicamente o que agora veio afirmar: que não atribuiu "qualquer importância" à presença do assessor do primeiro-ministro na Madeira.

Depois, o Presidente, que nunca se tinha referido a escutas ou vigilâncias, com a publicação do email no DN interrogou-se: "Será possível alguém do exterior entrar no meu computador e conhecer os meus emails?". Deixou passar tranquilamente uma semanita e, no dia da sua comunicação, ouviu várias entidades e ficou a saber que "existem vulnerabilidades". Somos ingénuos?

Enfim, um ataque brutal ao PS, dois dias depois da derrota de Manuela Ferreira Leite e da estratégia da "asfixia democrática". Qual o objectivo? O senhor Presidente da República estará convencido de que somos todos ingénuos?

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