30 de julho de 2011

A Europa e o Mundo - 2

O que (alguns?) chineses pensam de nós, europeus, e do nosso futuro!

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Os meios aéreos e a sua quantificação

Eu bem gostava de ficar calado, mas os ódiozinhos de estimulação não me deixam.

Os meios aéreos, por exemplo. Muito falados nos últimos anos, sempre que há fogo na serra.
Aviões, helicópteros, até balões, são meios aéreos, bem sei.
Quando um avião e um helicóptero ajudam os bombeiros, são preciosos.

Mas quando um repórter, daqueles com mestrado de Bolonha, nos diz - referindo-se-lhes - que andaram por lá "DOIS meios aéreos" a ajudar, cria-me um ódiozinho de estimulação.

UM balão de ar quente, UMA avioneta, UM avião de carga e UM helicóptero não fazem "QUATRO meios aéreos", embora os quatro sejam "meios aéreos".

Por que não também mencionar a ajuda de:

Um meio terrestre: uma bicicleta? um automóvel?
Dois meios terrestres: uma motorizada +  um camião cisterna? um par de patins em linha e uma carrinha de caixa aberta?
Três meios terrestres: um jipe + uma prancha de skate + um autocarro?

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28 de maio de 2010

A Europa no Mundo - 01

Veja-se no jornal i de 28 de Maio a crónica de Bruno Faria Lopes. Ela ajuda a explicar muito do que se passa e não passa na Europa. Se a opinião dos países ricos do Norte da Europa sobre os do Sul não é grande coisa, medite-se no que pensam os chineses sobre os europeus em geral.
Com os hábitos de trabalho e de consumo que fomos adquirindo, com as taxas de natalidade que insistimos em manter e a esperança de vida de que usufruímos - a que podemos juntar a educação que (não) damos em casa e na escola às crianças e  jovens e a forma como (não) integramos os emigrantes - nós europeus só podemos ir de mal a pior. 

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19 de março de 2010

A mistificação do casamento gay - 2

Freitas do Amaral, vem agora, num parecer que lhe foi pedido - e bem - pelo Presidente da República, considerar inconstitucional o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Claro que só o nevoeiro do politicamente correcto pode explicar a cegueira de tanta gente sobre o óbvio.
O Professor Freitas do Amaral, segundo o jornal i, vem dizer o óbvio:

1º Que a Constituição Portuguesa, ao dar a “todos os cidadãos o direito de constituir família e de contrair casamento” e acrescentando que “os cônjuges têm iguais direitos e deveres quanto à manutenção e educação dos filhos”, não está a prever o casamento de pessoas do mesmo sexo que, obviamente, não podem conceber filhos em comum.

2º Que, a Declaração Universal dos Direitos do Homem, quando diz que o homem e a mulher têm direito a casar e constituir família, também não se refere a casamentos homossexuais (ver post anterior).

Sim o conceito de casamento já teve, ao longo da História e em múltiplas civilizações, muitas expressões concretas. Mas sempre foi um laço entre homem e mulher, sempre teve subjacente a união sexual e se, muitas vezes, foi grandemente dedicado à organização e gestão patrimonial, foi sempre uma instituição social fundamentalmente vocacionada para a produção, protecção e socialização de novos seres humanos.

Sim, o amor entre dois adultos deve estar, preferencialmente, na base do casamento. Mas o casamento, como instituição social, não se resume ao amor e muito menos à paixão volátil. O casamento, como instituição social ímpar, ganha a sua importância de ser compromisso de estabilidade, compromisso capaz de temperar os desejos centrífugos dos cônjuges, de modo a melhor servir de incubadora humana.

29 de dezembro de 2009

A mistificação do "casamento" gay - 1

O casamento, instituição social mais antiga que a invenção da escrita, tem sido submetido, nos últimos cento e cinquenta anos – mas sobretudo nas últimas décadas -, a um ataque sistemático e sem precedentes. A regra “para cada criança um pai e uma mãe”, que vem do código de Hamurabi e fundamenta a importância social do casamento, vem sendo paulatinamente enterrada pelo individualismo egoísta que só considera a liberdade dos adultos.

O ataque ao casamento e a valorização da “relação pura”, baseada exclusivamente no amor e na vontade dos parceiros, tem vindo a ser prosseguido de duas formas:
Em primeiro lugar, através de sucessivos passos jurídicos, vem-se equiparando cada vez mais as uniões de facto ao casamento, num movimento absurdo que leva pessoas que rejeitaram a institucionalização da sua relação verem-na ser alvo da intervenção, cada vez mais reguladora, do Estado.
Em segundo lugar, tornando o casamento tão “descomprometido” e tão fácil de dissolver como uma união de facto.
Até que as diferenças desapareçam por completo e o casamento se torne socialmente irrelevante.

Curiosamente, o casamento gay é apenas mais uma etapa neste processo. É ver os maiores críticos da família (instituição burguesa e caduca) e do casamento (essa prisão da mulher, essa masmorra em que fenece a liberdade individual), serem os seus maiores defensores.

O debate em Portugal tem sido miserável. A pobreza de argumentos aflitiva. Contra as trombetas da rapaziada fracturante, apenas se levantam meia dúzia de vozes tímidas da direita conservadora e católica.

O terror ideológico do politicamente correcto afecta a sociedade de alto a baixo. Ser contra o casamento gay é descriminar uma minoria, é ser homofóbico, é ser desumano, é ser contra o progresso, é ser doente ou mesmo ser aberrante. Pois não é verdade que o casamento só tem que ver com o amor entre duas pessoas e nada tem a ver com a criançada? Até velhinhos inférteis se podem casar, não é verdade?

Mas expliquem-me lá: - Quebrada a barreira, até onde deslizará o conceito de casamento? Que me impedirá de reivindicar o direito a casar com dois homens e três mulheres? Ou a maioria monogâmica (desta vez composta por hetero e homossexuais mais conservadores) continuará a impor um modelo, porventura caduco, de relação a dois? Que impedirá cinco pessoas de quererem casar em grupo e criar filhos (deles ou adoptados) em conjunto? Se uma criança pode ter duas mães e zero pais, ou dois pais e zero mães, porque não duas mães e cinco pais? Que me impedirá de alugar uma barriga e ter um filho só meu, sem mãe?
Quem considera absurdas estas hipóteses talvez tenha o seu olhar cheio de preconceito…ou de ingenuidade.

Vejamos o que diz a Declaração Universal dos Direitos Humanos, já que de direitos querem que tratemos. Em praticamente todos os artigos fala dos direitos da pessoa ou do indivíduo. Mas o que diz o seu artigo décimo sexto? Diz assim, no número um:
  • A partir da idade núbil, o homem e a mulher têm o direito de casar e de constituir família, sem restrição alguma de raça, nacionalidade ou religião. Durante o casamento e na altura da sua dissolução, ambos têm direitos iguais.
E no seu número três:
  • A família é o elemento natural e fundamental da sociedade e tem direito à protecção desta e do Estado.
Por isso, a adopção, é o que menos me preocupa. A Convenção dos Direitos da Criança, no seu artigo sétimo, reconhece, desde o nascimento, três direitos a todas as crianças: "O direito a um nome, o direito a uma nacionalidade e, sempre que possível, o direito de conhecer os seus pais e ser educada por eles". A adopção é um remédio para quando algo corre mal, é uma excepção à regra e as excepções não devem fazer regra. Por regra, toda a criança tem direito a um pai e uma mãe, biológicos claro está. Outra regra levar-nos-á para o Admirável Mundo Novo da produção artificial de seres humanos.

E que tal se discutíssemos isto a sério, antes de nos tornarmos à pressa o 8º país do casamento gay? Afinal de contas, em 185 países e 45 estados dos EUA o casamento mantém-se reservado a pessoas de sexo diferente.

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5 de dezembro de 2009

Climategate 2 - A Grande farsa do Aquecimento Global

Este documentário do Channel 4 (2007) nunca passou, que eu desse por isso, na televisão portuguesa. Podem ver a continuação no YouTube.


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4 de dezembro de 2009

Dois Artigos, Dois Géneros de Violência Doméstica, Um Comentário

Primeiro artigo (nomes fictícios)




Ao descobrir que a mulher o enganava, o Sr. João não só a ameaçou como lhe bateu o mais que conseguiu. Quando a D. Amélia tentava fugir no seu automóvel, o marido correu atrás da viatura com um ferro na mão e estilhaçou o vidro traseiro. Com o susto, a mulher acabou por se despistar e chocar contra uma árvore, tendo sido conduzida ao hospital com inúmeras escoriações.
Júlia Fernandes, amiga da vítima, declarou indignada à nossa reportagem: “Quando penso que fui eu que os apresentei…espero que ela faça queixa dele e não se deixe ir em conversas”.
Entretanto o agressor, ouvido no DIAP, concordou em fazer tratamento psicológico a troco da suspensão do processo por violência doméstica.

Segundo artigo (resumo de notícia do i de 4/12/2009)




…”Afinal, os arranhões que Woods tinha na cara eram resultado de uma discussão com a mulher, a sueca Elin Nordegren. Ao descobrir as aventuras que o marido vivia fora do green, Nordegren não só o ameaçou como lhe bateu o mais que conseguiu. E quando Tiger Woods tentou fugir à discussão, correu atrás do seu carro com um ferro três na mão.”…
”O golfista pediu aos media que tivessem “contenção e respeito pelo assunto, para que possa ser resolvido em família”. Ao mesmo tempo publicou no seu site oficial…um pedido de desculpas pelas “transgressões e faltas de respeito” cometidas contra a mulher e a filha…
Feito o mea culpa, Woods não se livrou, porém, do ressentimento dos amigos. Jesper Parnevik, …amigo pessoal da família [foi ele que apresentou Elin a Woods], mostrou-se chocado com a confissão. E não hesitou em tomar partido por Elin: “Tenho de lhe pedir desculpa e dizer-lhe para, da próxima vez, usar um driver em vez de um ferro três. É capaz de magoar mais”.
Infidelidades à parte, apuradas as causas do acidente, a polícia da Florida multou o atleta em 164 dólares…por “condução perigosa” – por matar a árvore contra a qual chocou quando fugia da mulher.

Comentário

Dois episódios de violência doméstica desencadeados por infidelidade de um dos cônjuges, o primeiro fictício mas tão credível como o segundo. Para a mesma violência, o comportamento dos vários actores e a própria descrição dos acontecimentos são notoriamente diferentes. Mas não chocam, pois não?
Imagine agora que no segundo caso, trocávamos os nomes às personagens principais. Faça você mesmo esta experiência mental:
Leia de novo o segundo artigo e onde está Woods ponha Elin…e vice-versa. Por exemplo, imagine o amigo Jesper a aconselhar Woods a, da próxima vez, bater em Elin com um driver em vez de usar um ferro três.
Dá para reflectir sobre Igualdade de Género, não dá?

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3 de dezembro de 2009

Tribunal quer penhorar bens de mãe de vítima de homicídio

Excertos da notícia que pode ler na íntegra no DN:

Rosário, 39 anos, foi morta pelo ex- -marido com 13 facadas, no dia 5 de Junho de 2007. O tribunal considerou o réu inimputável e decretou o seu internamento. A mãe da vítima recorreu para o Tribunal da Relação de Lisboa. O recurso foi recusado por esta não ter deduzido a acusação particular, já que a acusação esteve a cargo do Ministério Público, que não recorreu da sentença. Revoltados, os familiares não pagaram as custas judiciais e correm o risco de ver os bens penhorados....

...No dia 27 de Setembro, os médicos do Hospital Psiquiátrico São João de Deus disseram que o arguido sofria de "síndrome depressivo de perturbação paranóide de personalidade". E, durante o julgamento, o perito do Centro Hospital Psiquiátrico de Lisboa, diagnosticou-lhe "perturbação cognitiva acumulada". Perante os diagnósticos diferentes, concluiu: "(...) Presume-se que à data dos factos , o Sr. Pedro Camilo podia determinar-se de acordo com a sua vontade e era capaz de avaliar as consequências dos seus actos , mas não podemos afirmá-lo com rigor cientifico em face ao actual estado clínico" (…).
Como havia dúvidas, o colectivo de juízes decidiu "in dúbio pró réu", ou seja, absolveu-o. E considerou-o inimputável, determinando o seu internamento, período que pode variar entre três e 20 anos.Neste momento, está num estabelecimento psiquiátrico prisional do Porto,
"O MP não recorreu. Isto, apesar do tribunal ter decidido com base na presunção e de existirem fundamentos mais que suficientes para o fazer", defende a advogada da família da vítima, Lucinda Neves. Diz conhecer outros casos de homicidas no âmbito da violência doméstica considerados inimputáveis. Informação que é confirmada pelas responsáveis pelo Observatório das Mulheres Assassinadas.
"Não estamos a falar de opiniões, mas de factos. A sentença transitou em julgado e os juízes decidiram com base na peritagem", contesta o advogado do defesa.

OS MEUS COMENTÁRIOS:

1. Quero querer que o jornalista deveria ter escrito "sindroma depressivo" e "perturbação paranóide da personalidade".

2. Fico perturbado com a expressão "perturbação cognitiva acumulada"(?). Terá mesmo sido utilizada? Qual o seu significado?

3. O rigor científico...Ai, o rigor científico! Será que falta rigor na notícia? Senão...

4. Atenção homicidas: Entre o crime e o julgamento havereis de deprimir-vos o mais possível. Quando vos passarem uns testes e vos fizerem umas perguntas a apelar ao espírito, havereis de ser, o mais possível e continuadamente, lentos e lerdos, de preferência de forma "acumulada" (se conseguirdes descobrir o que isso é). Ah, não vos esquecereis de mostrar uma desconfiança completa em tudo e todos, começando pela vítima e passando às verdadeiras intenções dos que se arrogarem o direito de vos examinar, interrogar e julgar. Mostrai que bem percebeis (dentro das vossas limitações cognitivas, claro está) as suas diabólicas intenções. No final, tende paciência. Havereis de passar 3 anos num internamento psiquiátrico, onde vos podereis, paulatinamente, tratar: da depressão com anti-depressivos, da cognição com palavras cruzadas, damas e xadrez e da paranóia com terapia de grupo e muita partilha. Havereis de recuperar e...ter alta médica.

5. Atenção familiares das vítimas: Não sei que aconselhar-vos. Apenas o pedido sacramental: Confiai na Justiça, carago, e pagai as custas!

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Climategate

Um dos expoentes máximos do Politicamente Correcto nas últimas décadas tem sido o inatacável Aquecimento Global, supostamente provocado pelas malditas emissões de CO2.
Desde o documentário de terror produzido por Al Gore, até aos negócios científico-climáticos que se multiplicam e terão o seu expoente em Copenhaga, temos visto de tudo. Aqui, no Espelho Mau, com muita placidez e seguindo desde há muito um dos melhores e menos falados blogues em língua portuguesa o Mitos Climáticos, sempre desconfiámos de tanta unanimidade "científico-militante-governamental".
Para os mais distraídos e incréus, aconselha-se a leitura do artigo do Prof. Delgado Domingos, no Expresso online , ou no já referido blogue (onde se pode informar profundamente sobre uma das maiores fraudes científicas de sempre).

Entretanto, podemos deliciar-nos com este vídeo, já com algum tempo, onde um grande especialista mostra como se fala simples e claro.



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7 de novembro de 2009

Quantos sexos há afinal?



O Nuno Monteiro Pereira, pessoa que eu muito estimo, dá por vezes ouvidos às correntes mais "politicamente correctas" da "sexologia", produzindo afirmações que não estão à altura da sua inteligência. É o caso desta:

"Existem várias teorias mas a mais marcante e a que mais se aproxima da realidade prática e clínica é a que contrapõe aos dois sexos clássicos (masculino e feminino ) à existência de mais três, o pseudo-hermafroditismo masculino, o pseudo-hermafroditismo feminino e o hermafroditismo verdadeiro, num total de cinco sexos" (ver aqui).

A teoria dos 5 sexos parece-me completamente absurda. Basta pensar o problema à luz da evolução da espécie humana (ainda estamos no ano de Darwin, não é). A espécie humana, qualquer biólogo mais “conservador” o dirá, é bissexuada. Este facto singelo tem a ver com a forma de reprodução e não com qualquer agenda vanguardista.

Mais. Ao contrário do caracol, o ser humano, individualmente considerado, só tem um tipo de gónadas (ou masculinas ou femininas). Quer isto dizer que os hermafroditas não são humanos? Claro que são humanos. Mas também são uma raríssima excepção. Ou seja, tendo gónadas masculinas e gónadas femininas, poderá dizer-se que têm os dois sexos, não que constituem um terceiro sexo. Por maioria de razões, os pseudo-hermafroditismos (masculino ou feminino) não representam senão estados intersexo, como diz, e bem, Allen Gomes, no mesmo artigo.

Do mesmo modo, os caracóis são hermafroditas e não deixariam de o ser, acaso descobríssemos uma mão-cheia de caracoletas que, por infelicidade, tivessem nascido só com gónadas masculinas ou femininas.

Anne Fausto-Sterling, Professora de “Biologia e Estudos de Género” na Brown University, enunciou, em 1993, a sua teoria dos cinco sexos como “provocação” - a palavra é dela. O problema que enfrentava – como activista e não como cientista – tinha a ver com o tratamento dado pela medicina às crianças que nasciam com ambiguidade sexual (herms, merms e ferms). Estavam em causa as manobras cirúrgicas e hormonais a que estas crianças eram submetidas para se “encaixarem” num dos sexos, por vezes com resultados – físicos e/ou psicológicos - desastrosos. Era a “causa” dos intersexuais que interessava a Fausto-Sterling, não o Nobel para a descoberta extravagante de mais três sexos.

Isto é, não levando muito a sério a sua teoria dos cinco sexos, Fausto-Sterling serviu-se dela para nos convencer de que os intersexuais são uma minoria normal, e de que as condições intersexo não são patológicas.
Citando o “especialista em ética médica” Laurence B. McCullough, Fausto-Sterling afirmaria em 2000 (“Five sexes, revisited”) que “ As várias formas de intersexualidade devem ser definidas como normais. Todas elas caem dentro da variabilidade de sexo e género estatisticamente expectável. [Nota: repare-se que em 1193 a autora estimava em 4% a percentagem de intersexuais e em 2000 baixou a estimativa para 1,7%. Porém, se analisarmos as parcelas que lhe permitem chegar a este número, poderemos concluir que as 5 maiores não são de verdadeiras condições intersexuais. Se retirarmos estas, ficamos com uma percentagem de 0,02. (Ver aqui as contas, na resposta de Leonard Sax a Anne Fausto-Sterling) ]. E continua: "Além disso, apesar de certos estados patológicos poderem acompanhar algumas formas de intersexualidade, e poderem requerer intervenção médica, as condições intersexo não são, elas próprias, doenças”.

Mas é sina que, hoje em dia, seja “politicamente correcto” defender radicalmente o direito de qualquer minoria à “normalidade”, nem que para isso seja preciso criar cada vez mais aberrações no discurso “científico”, “desconstruindo” tudo e mais alguma coisa. A trissomia 21 deixa de ser um sindroma e passa porventura a ser uma variante “estatisticamente expectável” da espécie humana, a surdez deixa de ser uma patologia e passa a ser uma cultura minoritária que é preciso respeitar (por exemplo, deixando surdos os filhos dos surdos), a homossexualidade passa de situação considerada não-patológica a condição hiper-normal, por oposição a uma heterossexualidade construída por auto-mutilação homofóbica, e a espécie humana – que já tinha deixado de ter dois sexos para ter dois géneros que, parece, se querem cada vez mais iguais – volta a ter sexos…mas só se forem cinco. E a procissão ainda vai no adro.

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12 de outubro de 2009

O Futuro do Casamento

The Future of Marriage, de David Blankenhorn, editado em 2007 pela Encounter Books, é leitura indispensável para todos os que querem ter opinião na polémica sobre o "casamento" homossexual.
Até agora o debate tem primado pela pobreza de argumentos de parte a parte. Blankenhorn, defende com profundidade a importância da instituição casamento e põe a nú as intenções dos que persistentemente vão sapando os seus alicerces.

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11 de outubro de 2009

Abusos bancários que podem sair caros

Veja neste artigo de Ricardo Reis, no jornal i, porque devem ser proibidas as taxas de cancelamento de empréstimos.

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5 de outubro de 2009

Para que conste

Diz-nos o i de 5 de Outubro (página 15) que, no Reino Unido, existem 32 mil mulheres registadas como agressoras sexuais. Segundo dados da Fundação Lucy Faithful estima-se que, para além delas, existam cerca de 64 mil pedófilas não registadas. Claro que em Portugal não consta que existam pedófilas. Como manda a teoria do "Homem Vilão e Mulher e Criança Vítimas". Já as inglesas, são uma desgraça. Insistem numa verdadeira igualdade de género.

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3 de outubro de 2009

Ainda a deontologia e o email "maldito"

Aconselho a leitura deste texto do Director do DN, João Marcelino. Esclarecedor!

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1 de outubro de 2009

A Deontologia no DN

Um jornal (DN) recebe um documento que indicia claramente que outro jornal (Público) entrou num esquema de manipulação da opinião pública, urdido em alegada colaboração com o assessor de imprensa da Presidência da República, com a intenção óbvia de prejudicar gravemente a imagem do partido de governo.

Esse documento é um email que um jornalista do Público envia a um colega onde
  • Alega que recebeu a informação do assessor, que lhe garantiu falar em nome do Presidente,
  • Pede ao colega que investigue,
  • Pede ao colega para manipular os dados, de modo a parecer que a fonte seria um assessor do Presidente do Governo Regional da Madeira, camuflando assim a identidade da verdadeira fonte.
Esse email data de Abril de 2008.

Em resposta a esse email, o colega da Madeira responde que nada apurou que possa validar a veracidade dos factos. Ao contrário, o que apurou indicia a sua falsidade.

As questões deontológicas levantadas por alguns jornalistas e as minhas respostas:

A. Será lícito denunciar uma "fonte" de outro jornal?
Sim, quando há manifesto interesse público. Neste caso, tratava-se de confirmar que as suspeitas lançadas sobre o Governo vinham mesmo de alguém que falava em nome do Presidente.
Sim, quando se constata que a fonte tentou manipular o jornalista.
Neste caso, o correspondente do Público na Madeira chegou à conclusão de que tudo não passava de uma "paranóia" da Presidência.

B. Será lícito publicar correspondência privada trocada por dois jornalistas?
Sim, quando - como neste caso - se "apanha" o jornalista a fazer um frete a um assessor do Presidente e a pedir a um colega que manobre a informação para dar a sensação ao leitor de que a fonte seria do Governo Regional da Madeira.
Alegar, como tenho visto, que o DN cometeu um crime e uma traição é não perceber que é o jornalista do Público, bem como o próprio jornal, que merecem ser alvo de escrutínio público e, portanto, de notícia. Ou estarão os jornalistas acima dos mortais que são por eles escrutinados todos os dias? Ou podem os jornalistas "conspirar" impunemente para criar realidades virtuais com o objectivo de abater partidos?


C. Deveria o DN: 
  1.  ter ignorado o email?
  2. ter investigado o caso mais a fundo antes de publicar notícia?
1. Ter ignorado o email seria, objectivamente, permitir que a farsa das escutas continuasse, com prejuízo do PS e a benefício do PSD e da sua campanha da "asfixia democrática".
2. Basta ler as explicações dadas ao Provedor do Leitor do DN pelo director do jornal para se perceber que bastante trabalho se tentou fazer, antes da publicação do email. Adiar seria não dar a conhecer em tempo "útil" (antes das eleições) a maquinação, beneficiando o infractor.
Andou muito bem o DN.

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30 de setembro de 2009

O Senhor Presidente da República



Esteve muito mal no discurso! Por afirmações e omissões.

Protesta contra a Grande Manipulação: ele nunca falou em escutas ou em algo semelhante!
Omite quem falou em escutas: O Público e o PSD.
Protesta contra "as declarações de destacadas personalidades do partido do governo".
Omite que essas declarações foram motivadas por notícia do Semanário, de 7 de Agosto, dando conta de que vários dos seus assessores teriam almoçado com Eduardo Catroga e dirigentes do PSD para oferecerem os seus contributos para a redacção do programa eleitoral dos social-democratas.

Diz que, segundo a informação que lhe foi prestada, tal contribuição "era mentira".
Omite que essa notícia esteve plantada no site do PSD. Mentira de quem?

Acusa o partido do governo de ter dois objectivos: 1º colá-lo ao PSD; 2º "Desviar as atenções do debate eleitoral das questões que realmente preocupavam os cidadãos"
Omite que a 18 de Agosto o Público manipulou uma reacção de um seu assessor "como é que eles sabem que há assessores do Presidente a colaborar com o PSD? Andam a vigiar-nos?" (a resposta seria simples e o Público sabia-a: - leram no Semanário ou no site do PSD) transformando-a na manchete disparatada "Presidência suspeita estar a ser vigiada pelo Governo".

 Afirma ter sérias dúvidas sobre as afirmações contidas no email publicado pelo DN.
 Omite que o Público, no dia 19 de Agosto, lançou o rídiculo caso do "espião" da Madeira e ele nada disse, nada desmentiu, deixando o PS a cozer em lume forte, na campanha da "asfixia democrática".

Interroga-se sobre o email do jornalista do Público, publicado pelo DN: "Porque é que é publicado agora, a uma semana do acto eleitoral, quando já passaram 17 meses?"
Não lhe causa espanto que a 19 de Agosto o Público desenterre o assunto, velho de 16 meses.

Confessa que não consegue ver bem "onde está o crime de um cidadão, mesmo que seja membro do staff da Casa Civil do Presidente, ter sentimentos de desconfiança ou de outra natureza em relação a atitudes de outras pessoas".
Omite que esse cidadão se terá apresentado, segundo o relato do jornalista do Público ao seu colega da Madeira, como assessor de imprensa do Presidente e falando em nome deste. Omite que não se apressou a dizer publicamente o que agora veio afirmar: que não atribuiu "qualquer importância" à presença do assessor do primeiro-ministro na Madeira.

Depois, o Presidente, que nunca se tinha referido a escutas ou vigilâncias, com a publicação do email no DN interrogou-se: "Será possível alguém do exterior entrar no meu computador e conhecer os meus emails?". Deixou passar tranquilamente uma semanita e, no dia da sua comunicação, ouviu várias entidades e ficou a saber que "existem vulnerabilidades". Somos ingénuos?

Enfim, um ataque brutal ao PS, dois dias depois da derrota de Manuela Ferreira Leite e da estratégia da "asfixia democrática". Qual o objectivo? O senhor Presidente da República estará convencido de que somos todos ingénuos?

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